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Fisioterapia

Atividades físicas no cliente com doença de Alzheimer

Estudos recentes demostram que a prática de atividade física está associada com a redução dos riscos de desenvolver Doença de Alzheimer e diminuir os sintomas provocados. A prática de atividade física parece atuar como medida neuroprotetora em muitas doenças neuromusculares e neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer. Dentre as muitas possibilidades que explicam o porquê que o exercício físico é benéfico para o cérebro, podemos listar algumas:

  • Aumento dos níveis dos fatores de crescimento que auxiliam na formação de novas células nervosas.
  • Aumento do número de neurotransmissores que ajudam na cognição, tais como dopamina, noradrenalina e serotonina.
  • Pode promover a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos), neurogênese (produção de novas células nervosas), plasticidade e aprendizado neuronal.
  • Pode colaborar com a aumento dos níveis dos fatores de crescimento dos nervos possibilitando assim a formação de novas conexões neuronais o que é extremamente benéfico para se evitar o desenvolvimento do Alzheimer que apresenta a perda de conexões neuronais como característica marcante.

Resultando na melhora da atenção, do raciocínio, do equilíbrio estático e dinâmico, da forma de andar, do auto cuidado como escovar os dentes e pentear os cabelos,de pegar objetos, de se alimentar sozinho, entre outras.

A prática regular de atividade física, preferencialmente associada à estimulação mental, contribui para a preservação ou mesmo melhora temporária de várias funções, particularmente a atenção, as funções motoras e a linguagem em pessoas idosas que já apresentam a doença mostrando como um meio de tratamento não farmacológico também. Além da atividade física, as evidências mostram que a atividade mental apresenta repercussão favorável para a plasticidade, ou seja, refere-se à capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional quando sujeito a novas experiências, além de benefícios psicológicos e sociais. Essas evidências justificam a recomendação de se estimular as práticas cognitivas como medida de preservação e que devem ser diárias e diversificadas, incluem: leitura diária, aprender pelo menos uma palavra nova todos os dias, desenvolver pensamentos complexos e críticos, realizar atividades e trabalhos desafiadores, resolução de palavras cruzadas, jogar xadrez e outros jogos de tabuleiro aprender a tocar algum instrumento, dançar, manter-se sempre atualizado quanto às notícias diárias. Recomenda-se também a manutenção das relações sociais como forma de preservar as regiões cerebrais responsáveis pela memória afetiva e pelos sentimentos e emoções.

O tratamento fisioterapêutico para o mal de Alzheimer deve ser realizado diariamente ou no mínimo 2 vezes por semana, com o objetivo demelhorar a circulação sanguínea, facilitar os movimentos e de incentivar o indivíduo a realizar suas tarefas do dia a dia sozinho ou com o mínimo de ajuda possível, ajudando o indivíduo a movimentar-se mais livremente e diminuir o tempo em que ele fica somente sentado ou deitado diminuindo a instalação de escaras e de infecções respiratórias. Mediante esse conhecimento é que focalizo em meus pacientes da cliger, exercícios físicos regulares, afim de retardar as perdas que o Alzheimer apresenta e até mesmo proporcionar melhoras, juntamente com a equipe de terapia ocupacional que trabalha com o exercício mental, concretizamos uma perceptível melhora desses clientes.